VALORIZAÇÃO DO IDIOMA

Comunicação torna possível a evolução. E o que torna possível a comunicação é o entendimento. Se o receptor da mensagem não entende a língua ou a linguagem que é utilizada, serão só palavras ao vento. Clarice Lispector disse em A Hora da Estrela que tudo na vida nasce de um “sim”. Uma molécula disse sim a outra molécula e assim surgiu o primeiro ser vivo. Voltando ao sentido literal, se o homem não fosse capaz de aprender e ensinar, ou seja, entender gestos e palavras, talvez ainda estivéssemos morando em cavernas.
O planeta Terra é enorme, há vários idiomas, dialetos, alguns que ainda nem foram decifrados. Mesmo em um país em que se fala um único idioma, há inúmeras variantes, tornando dificultosa a transmissão de idéias entre emissor e receptor. Sotaques, gírias, jargões, significados. Fala-se o mesmo idioma no norte e no sul do Brasil, em Portugal e em alguns países da África, mas certamente, não seria fácil a comunicação entre habitantes de tais lugares.
Como a evolução não se resume ao Brasil, é preciso aprender outras línguas, a globalização nos obriga a isso. Dá-se preferência a idiomas de grandes potências, como dos Estados Unidos, o inglês. Para obter sucesso profissional, não bastar ter um diploma e saber usar a internet, é necessário outra, ou outras línguas no currículo. Então, que é necessário aprender outros idiomas, é fato, mas e quanto à própria língua? Ela será esquecida? Será que um dia haverá um idioma universal?
Países como a França, custam a ceder. É proibido, por exemplo,colocar em lojas e estabelecimentos, nomes estrangeiros; assim, ela preserva a cultura. Já no Brasil, não só aceitam o estrangeiro, como o preferem. O Brasil sempre foi uma mistura de cores, línguas e costumes e insistem em querer imitar outras culturas, como se a nossa fosse “pior”. É incrível como o jardim do vizinho parece sempre ser mais verde.
A globalização é fundamental, consequentemente, a comunicação também. Mas render-se aos costumes de fora, esquecendo-se dos seus, é inadmissível. A língua é o músculo mais forte do corpo humano, mas quando passa a ser substantivo abstrato, se torna bem mais frágil.

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